quinta-feira, 21 de maio de 2009

Formação de jogadores de futsal entre os 8 e os 12 anos. Vitórias ou aprendizagem? (Futsal de Formação)

Encontrei este artigo num dos muitos blogues sobre a formação do jovem atleta...

Um estudo simples feito pelas equipas de futsal do Campeonato Distrital de Escolas da Associação de Futebol do Porto, levou-me a pensar se a formação do Futsal, nomeadamente na zona norte do país estava a ser bem delineada. De facto, reparamos que cerca das 23 equipas a participarem no campeonato atrás referido somente 13 equipas possuem escalões seniores. Contudo, não é só nesta disparidade de realidades que detectei tais divergências. É usual ver nos nossos pavilhões diversas crianças que não podem (ou não deixam fazer aquilo que mais gostam de fazer), jogar futsal. Será que é mais importante ganhar jogos do que ver uma criança com um sorriso nos lábios? Quantas são as vezes que vemos uma criança triste no fim de um jogo mesmo que a sua equipa tenha ganho?
Existem várias pessoas relacionadas com a formação do jovem desportista no qual eu seleccionei, para mim, os mais importantes; o professor/treinador e o pai. Em conjunto podem realizar uma formação adequada na actividade desportiva da criança, o professor/treinador na metodologia e acção pedagógica, o pai na orientação educacional diária. Contudo quando mal orientados podem ter um efeito contrario ao pretendido. Se verificarmos o futuro da criança no futsal está directamente relacionado com as acções metodológicas do professor/treinador.
Mas, o que faz parecer incompetente nas tarefas realizadas com a criança? Na minha opinião adoptar uma mentalidade fomentando a “ produção” de um craque, um campeão será uma ideia errada nas tarefas com a criança. Essa postura leva a que sejam inseridos nas tarefas realizadas pelo professor/treinador, temas como treinos físicos, técnicos específicos, contrariando as necessidades das crianças. Sendo assim, a criança é levada para a especialização desportiva e consequentemente a busca de rendimento, valorizando o resultado imediato.
É um facto que queremos craques, mas esses craques têm de ser trabalhados ao longo da sua actividade desportiva e sempre em prol da equipa e nunca o contrário.

Autor: João Manuel Sousa Moreira

1 comentário:

Rui Lança disse...

Boas João, bom tópico. Mesmo que não concorde com tudo é sempre bom trazer esses temas para discussão.

Até porque o tema da criança e competição desportiva inclui sempre as áreas da educação, respeito pelo crescimento da criança quer física quer mentalmente.

Abraço

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