domingo, 15 de fevereiro de 2009

Infantis - Leões Porto Salvo / Academico Desportos


Jogo disputado numa bela tarde de primavera e com boa assitência!

O jogo apenas teve um sentido visto que o académico Desportos mostrou sempre muitas fragilidades ofensivas! Defensivamente conseguiram tardar a obtenção do nosso primeiro golo. Para a história fica o resultado final porque a exibição é apenas para nós no grupo recordarmos como o exemplo a não voltar repetir.

Uma equipa como a nossa e que está em 1º lugar no campeonato e que vêm de uma fantástica exibição na semana anterior, jamais poderá repetir o nível exibicional deste jogo. Fomos uma equipa sem ideias, sem vontade, sem ambição e sem querer trabalhar. Assim não podemos voltar a repetir este péssimo exemplo de como não se deve de estar num campo de futsal.


Temos obrigatoriamente de agradecer as pessoas que vieram assistir ao jogo mas temos também de pedir desculpas pelo péssimo jogo e dizer que não se vai voltar a repetir.



Ficha técnica


Local: Pavilhão Leões Porto Salvo


Cinco inicial dos LPS: Guilherme Sampaio, Emanuel Carreira, Vítor Ferreira, Ezequiel Reis e Ricardo Patrício


Jogaram ainda: Marcelo Correia, Fábio Ferreira, Bernardo Ferreira, João Mouta, Filipe Santos e Guilherme Fantinato


Equipa Técnica: João Gonçalves, Paulo Costa e Tiago Rodrigues


Marcadores dos golos dos LPS: Vítor Ferreira, Filipe Santos (3), Bernardo Ferreira (2), Emanuel Carreira (2), Guilherme Fantinato e Fábio Ferreira


Resultado ao intervalo: 3-0


Resultado Final: Leões de Porto Salvo / Académico Desportos 10-0

3 comentários:

Anónimo disse...

“Cuidado com a Tristeza. Ela é um vício”

Gustave Flaubert, escritor francês (1821-1880)

Vou decompor desta vez o meu comentário em três partes.

1ª Parte

(Ao CAD e seus Apoiantes, os meus respeitosos cumprimentos)


“José Hermano Saraiva”

Síntese do Curriculum Vitae
José Hermano Saraiva nasceu em Leiria, em 3-10-1919, fez as licenciaturas em Ciências Histórico-Filosóficas (1941) e em Ciências Jurídicas (1942), consagrando-se desde então ao ensino e à advocacia.
Exerceu as funções de professor liceal, director do Instituto de Assistência aos menores, Reitor do Liceu D. João de Castro, deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa, professor do Instituto de ciências sociais, políticas e ultramarinas da Universidade Técnica de Lisboa, ministro da Educação Nacional e embaixador de Portugal no Brasil, cargo de que solicitou a exoneração em 29 de Abril de 1974.
Dedicou-se desde então exclusivamente à investigação histórica e à actividade académica, e foi professor na Universidade Autónoma de Lisboa.


“LUGAR À HISTÓRIA
D. Vicente Afonso Valente. Cónego da Sé de Lisboa, instituiu em 1336 o "MORGADO DA PÓVOA" em benefício do seu irmão, Lourenço Afonso Valente. O MORGADO foi crescendo em importância e extensão, pertencendo sucessivamente, à família dos Valentes, "OS SENHORES DA PÓVOA", depois e sempre por laços familiares, passou aos Castelo-Brancos, aos Lencastres e por último aos Távoras.Os Valentes eram da pequena nobreza, escudeiros e cavaleiros.Os Castelo-Brancos foram senhores de Portimão e Condes de Vila Nova de Portimão.Os Lencastres e Távoras vieram a obter o título de "Marquês de Abrantes". O lugar da Póvoa pertenceu à "ALDEIA DE EREYN (Iria), onde desde tempo remotos existia a presença humana testemunhada pelos seguintes elementos Período Romano: - epitáfio de um tal Julius Rufinus, designado como Olisiponensis e ânforas ovóides, encontradas no Mouchão da Póvoa.- Visigótico: - foram postas a descoberto na Quinta de Santo António quatro sepulturas e encontradas algumas moedas (trientes).- Árabe: - topónimo Azóia e Balata, que é, ainda hoje, apelido de algumas famílias.- Medieval: - em recentes escavações, efectuadas no lugar da Bolonha, foram encontradas inúmeros fragmentos de cerâmica e moedas de D. Sancho II.O Morgado está estreitamente ligado à história da Póvoa que durante mais de três séculos foi designada por PÓVOA DE DOM MARTINHO".O Sal e o Azeite desempenharam um importante rendimento do Morgado permitindo aumentar, em muito, o poder económico dos seus proprietários. Situava-se na freguesia de Santa Iria e foi pertença do "TERMO DE LISBOA" pertenceu aos concelhos de ALVERCA, VILA FRANCA DE XIRA, LOURES e por último novamente a Vila Franca de Xira.Extintos os Morgados em 1863, o lugar da Póvoa passou a designar-se Póvoa de Santa Iria.Povoação com forte ligação ao rio Tejo, e a população na sua origem de pescadores e marítimos, que desde tempos remotos tiveram como actividade principal a pesca, a extracção do sal e às transportes fluviais.Com a inauguração do Caminho de Ferro em 1856 instala-se na área da freguesia a primeira fábrica de adubos químicos em Portugal, iniciando-se a expansão industrial facilitada pelo escoamento fácil dos produtos e aproveitando as matérias primas essenciais para o produto final, o sal marinho e os calcários da cortina montanhosa de Vialonga.A criação da freguesia data de 1916, desanexada do concelho de Loures em 1926 e integrada no concelho de Vila Franca de Xira.Na segunda metade do século XX, gera-se um acentuado crescimento demográfico que vai não só descaracterizar a povoação mas também transformá-la num enorme dormitório.Com uma dinâmica oferta de serviços em constante expansão e elevada à categoria de Vila em 1985 e a cidade em 1999, com aproximadamente 30 mil habitantes, é presentemente uma das cidades de Portugal com menos população envelhecida”

2ª parte

(o jogo e o link com o titulo)

“Frases de Gentil Cardoso, técnico de futebol dos anos 50 e 60.

Técnico de futebol, Gentil Alves Cardoso nasceu a 05 de Julho de 1906 no Recife, fez de tudo na vida: foi engraxate, garçom, motorneiro, padeiro e militar (marinheiro).
Gentil Cardoso nunca foi jogador, exerceu apenas as funções de técnico. E ficou famoso não tanto pelas conquistas nos times que dirigiu, mas muito mais pelas frases de efeito que cunhou e que ainda hoje são bastante repetidas no mundo do nosso futebol.
Gentil Cardoso morreu no Rio de Janeiro, a 08 de Setembro de 1970.
FRASES
“Daqui pra frente, quero todo mundo indo pra cima e chutando a bola pra dentro da área de qualquer ângulo. Sabe como é: contra time pequeno, bola na bunda é pênalti.”
“A bola é de couro, o couro vem da vaca, a vaca gosta de grama, então joga rasteiro, meu filho”.
“Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência.”
“O craque trata a bola de você, não de excelência.”
3ª Parte
(Forma descritiva do Futebol Alegre praticado por estes Bravos Atletas noutras partidas, e em contraciclo com o titulo)
Biografia Skank

O Skank nasceu em 1991, em Belo Horizonte, a mesma cidade brasileira que deu ao mundo Milton Nascimento e Sepultura. Ao centro da harmonia de um e a energia de outro, o grupo começou movido pelo interesse em transportar o clima do dancehall jamaicano para a tradição pop brasileira.
Skank - É Uma Partida de Futebol
Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer o gol
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?

A bandeira no estádio é um estandarte
A flâmula pendurada na parede do quarto
O distintivo na camisa do uniforme
Que coisa linda, é uma partida de futebol

Posso morrer pelo meu time
Se ele perder, que dor, imenso crime
Posso chorar se ele não ganhar
Mas se ele ganha, não adianta
Não há garganta que não pare de berrar

A chuteira veste o pé descalço
O tapete da realeza é verde
Olhando para bola eu vejo o sol
Está rolando agora, é uma partida de futebol

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol

O meu goleiro é um homem de elástico
Os dois zagueiros tem a chave do cadeado
Os laterais fecham a defesa
Mas que beleza é uma partida de futebol

Bola na trave não altera o placar
Bola na área sem ninguém pra cabecear
Bola na rede pra fazer o gol
Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?

O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol !

Utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê
E termino assim,
Utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê, utêrêrêrê
Não ainda não termino, e porque se aproxima as fêrias do Carnaval
“Gilberto Gil”
Um dos mais conceituados musicos e letristas do nosso seculo , cantou;
“Aquele abraço”
“alô moça da favela – aquele abraço! Todo mundo da Portela – aquele abraço! Todo mês de Fevereiro – aquele passo! Aló, banda de ipanema –aquele abraço!
Manel – adepto de Futsal

Unknown disse...

PARA QUEM NÃO SABE…………….
Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-primeiro ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança. A faixa etária que vai desde o décimo ano de vida é época de intensas mudanças físicas e psicológicas: é a chamada pré-adolescência. Nesse período da vida as crianças passam a ter mais responsabilidades (deveres), ao mesmo tempo em que passam a querer e exigir mais respeito de outras pessoas - particularmente dos adultos. A criança nesta faixa etária passa a compreender mais a sociedade, ordens sociais e grupos, o que torna esta faixa etária uma área instável de desenvolvimento psicológico. A participação num grupo de amigos que possuem gostos em comum passa a ser de maior importância para a criança

Anónimo disse...

Amigo(a)s Futsalistas,

Estas é uma das vantagens destes Blogues, podermos fazer deste espaço um local de debate . Porque é na discussão que surgem as grandes ideias.

No concreto penso haver aqui um consenso sobre esta Tematica da Pre-Adolescencia , se quisermos .

E acrescentava aos Comentarios do Bloguista "Pirineu"que desde já Saudo.

"Para quem não Sabe......."

Um livro, considerado o maior best-seller nesta área, MEU FILHO, MEU TESOURO, é um clássico sobre puericultura e um livro obrigatório para todos os pais.

De Dr. Benjamin Spock e Dr. Michael B.Rothenberg Publicações Europa - América.

Retrata de uma forma especifica esta temática.

No meu tempo a educação era diferente, e enlenco a mudança de mentalidades operada em 1974 com a revolução dos Cravos. Era há altura Pre-Adolescente.

Se melhor ou diferente? Se pior ou igual? A educação nos dias de hoje?

- O Respeito era a Chave-Mestra. A Familia o Pilar de uma Sociedade que procurava um Rumo.

E um aspecto que relevo numa educação sustentada entre outros. É o "Ouvir" - Estar sempre disponivel para "Ouvir" os nossos filho(a)s.

Neste blogue existem Links que permitem numa pesquisa rápida, e encontrar material de trabalho de interesse generalista.

(já agora um link também actual, www.precoscombustiveis.dgge.pt/)

E por isso passo, a trancrever duas entrevistas retiradas do EDUCARE.PT dadas por duas pessoas reconhecidas na nossa Sociedade, e Expert´s no assunto em epígrafe.

Por ultimo uma transcrição do "mundo dos adultos", se quisermos, extraida do Diário Economico, e o seu interesse prático prende-se que estes problemas de acuidade no comportamento e avaliação dos seres humanos, é igual em todas as etapas da nossa Vida.

E faço notar o seguinte, toda esta temática livre não tem nenhum destinatário em especifico.

E realço -porque assisto in-Loco- o ambiente saudavel existente no grupo liderado - se quisermos- pelo Sr João Goncalves, Sr Paulo Almeida e Sr Tiago Rodrigues.

Não sendo defensor do Elogio Fácil, dou o mérito pelo trabalho desenvolvido a quem o merece, continuando a reafirmar a minha independência e responsabilidade naquilo que escrevo .

A quem conseguir ler, agradeço a atenção demonstrada podendo ou não estar de acordo.

Manel - Adepto de Futsal


Daniel Sampaio

Biografia:
Formou-se em Medicina em 1970;
Obteve o Doutoramento em Medicina, na Especialidade de Psiquiatria, em 1986;
Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Responsável da disciplina de Psiquiatria 1, do 4º ano do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Lisboa;
Coordenador do Núcleo de Estudos do Suicídio do Hospital de Santa Maria;
Foi um dos introdutores, em Portugal, da Terapia Familiar, a partir da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar (fundada em 1979).



Daniel Sampaio: ?O mais importante é disciplinar?
Joana Silva Santos| 2007-07-11



O psiquiatra Daniel Sampaio considera a permissividade dos pais um risco e acredita que é fundamental saber dizer "não".

Lavrar o Mar, o último livro de Daniel Sampaio, publicado no ano passado, e O Pequeno Ditador, de Javier Urra, agora editado em Portugal, foram escritos em alturas distintas, mas reflectem uma preocupação comum: o relacionamento entre pais e filhos.

Actualmente pais e filhos estão mais próximos. Contudo, Daniel Sampaio entende que esta proximidade «teve como reverso uma perda de autoridade em relação aos filhos». Talvez por isso ao falar-se com pais e professores sejam comuns queixas de que as crianças são "indisciplinadas", "muito exigentes" ou "agressivas". Sem saberem o que fazer, os pais procuram ajuda mas, como salienta o psiquiatra, «a solução não está no psiquiatra ou psicólogos mas sim na capacidade de educar os filhos».

O autor de Lavrar o Mar não tem dúvidas de que é preciso dar amor aos filhos e ter interesse pelos alunos, mas também é necessário ajudá-los a disciplinarem-se. Por isso deixa um alerta: «a família tem de ter regras e as crianças têm de assimilar essas regras desde muito cedo».

EDUCARE.PT: É procurado por adultos, sejam pais ou professores, que se queixam dos jovens com quem convivem, já não os "suportando" ou não sabendo o que fazer. Que problemas são estes e a que é que se devem?
Daniel Sampaio: A maior parte da procura deve-se a falta de autoridade de pais e professores, excesso de exigência por parte dos filhos e problemas de comunicação.

E.: O que é que falhou ou está a falhar na educação destes jovens?
DS: Os pais hoje em dia esquecem-se que a disciplina na educação é tão importante como o amor.

E.: A forma de educar mudou. Como se gere a fronteira entre o autoritarismo e a tolerância?
DS: Não deve haver autoritarismo, não resulta. A autoridade é crucial, e deve basear-se numa relação continuada de empatia, sentido do outro e confiança. E não se pode ser tolerante com algumas coisas: tudo o que ponha em risco a segurança dos filhos não deve ser tolerado pelos pais.

E.: É importante dizer "não" aos filhos?
DS: Claro que sim.

E.: E a palmada e/ou o castigo podem ajudar de alguma forma?
DS: Sim, de vez em quando. O mais importante é disciplinar.

E.: Mas aos pais não basta serem firmes e consistentes. O que é preciso mais?
DS: Se fizerem isso misturado com amor e coerência - não dizer aos filhos para não utilizarem drogas e serem os primeiros a fumar haxixe - já será muito bom.

E.: É fundamental ter a atitude certa no momento exacto?
DS: Sim, mas os pais não são perfeitos, erram muitas vezes. O que precisam é de reflectir e errar menos, ouvindo muito os filhos.

E.: No seu livro Lavrar o Mar refere que os jovens se queixam mais por os pais não lhes terem dito um "não" e encolherem os ombros do que por um eventual autoritarismo paternal. Os jovens "preferem" pais mais interventivos?
DS: Claro que sim. Os jovens precisam de regras, de orientações, de directrizes traçadas pelos pais. Podem discordar, mas odeiam pais demitidos ou desinteressados.

E.: Uma infância sem regras e com falta de limites pode levar aos pequenos ditadores e a jovens opressores?
DS: Sim, é esse o tema dos livros do Javier [Urra] e do meu.

E.: Os pequenos ditadores são jovens permanentemente agressivos ou só com os pais?
DS: A agressividade é dirigida a pais e professores. Habitualmente têm boas relações com os amigos.

E.: O trabalho, os horários, as tensões pessoais dos pais podem contribuir para este comportamento?
DS: Sim, mas não são o fundamental. O problema reside no excesso de gratificação e ausência de limites na infância destes jovens.

E.: Na sua obra fala em limite interior e exterior. Pode explicar-nos melhor no que consistem?
DS: O limite exterior é feito de fora para dentro: por exemplo, castigos em casa e na escola, gritos ou palmadas dos pais. O limite interior é construído desde a infância e tem a ver com a autodisciplina e com a moral: o que a criança acha, por si própria, que está certo ou errado. Por exemplo, a Joana sabe que há uma lei que a impede de matar (limite exterior), mas também sabe que matar não faz sentido para si (limite interior).

E.: Os primeiros tempos, na infância, são fundamentais para a construção da relação pais-filhos e para a estruturação da personalidade das crianças?
DS: Sim, até aos três anos, mas nunca se pode desistir.

E.: Como é que pais inseguros com adolescentes cheios de poder podem evitar o conflito frequente e desentendimentos futuros?
DS: Falando com outros pais e outros adolescentes encontrarão soluções.

E.: Defende que são os pais quem mais precisa de ajuda. O que é que pode ser feito?
DS: Devem procurar outros pais, participar nas associações de pais das escolas, pertencer a outros grupos que fomentam o associativismo parental, falar mais com os filhos.

E.: Que apoios há em Portugal?
DS: Há poucos, mas não podemos estar sempre à espera do Estado. Os pais podem trabalhar na escola, na autarquia, nos media.

E.: Qual poderá ser o papel dos avós?
DS: Os avós são o grande apoio dos pais.

E.: Que adultos serão os pequenos ditadores de hoje?
DS: Serão adultos inseguros, vulneráveis, sem serem capazes de suportar a frustração.

E.: Em relação à violência nas escolas, acha que é possível acabar com casos de violência entre colegas ou mesmo contra professores e funcionários? Como?
DS: Acabar não, diminuir, através de programas contra a violência na escola que mobilizem todos.

E.: Acha que os professores têm vindo a perder autoridade e poder?
DS: Sim.

E.: A violência dos jovens é reflexo da sociedade?
DS: Da violência da sociedade e de uma educação permissiva.







COMENTÁRIOS
Prefiro outros
Prefiro outros autores e outras teorias sobre o mesmo assunto: as de Thomas Gordon e de Alfie Kohn, infelizmente nunca traduzidos para a língua portuguesa.
Fredeico Moro,
23.07.2007
Concordo
E é bom observar que as opiniões do Dr. Daniel Sampaio foram mudando.
CSI CSI, Aveiro / Braga
13.07.2007
É isso mesmo!!!
Homem sábio, este Dr Daniel Sampaio... tivessem os nossos teóricos do ME tido esta visão, quando definiram as políticas educativas dos últimos 30 anos ew o nosso país teria tido outro rumo... outros ventos... Espero que escutem o bom senso de alguns Teóricos da Educação, que pelos vistos ainda os temos no pais
Maria Luisa Bartolomeu, Lisboa
12.07.2007



Jacinta Moreira:

Licenciou-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, cidade onde construiu a sua formação académica e onde dá aulas.

Jacinta Rosa Silva Moreira, galardoada, esta segunda-feira, com o Prémio Nacional de Professores, tem 46 anos. Esteve sempre pela cidade do Porto, onde também construiu o seu percurso académico. Entre risos, diz-se uma "rapariga muito dada à cidade".

Em 1989 licenciou-se em Geologia (ramo educacional) pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (UP), ano em que também inicia a carreira de docente.

Desde 1996 até hoje é professora de Biologia e Geologia na escola secundária Carolina Michaelis, no Porto.

Em 2001, por necessidade de responder a desafios educacionais, tira um mestrado em Geologia para o ensino, na Faculdade de Ciências da UP, onde fica, a convite, a leccionar Didáctica da Geologia no ano lectivo de 2001/2002.

Em 2007, faz doutoramento no ramo de conhecimento em Ciências da Educação, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UP.

Foi também autora de manuais escolares para as disciplinas de Ciências da Natureza, do ensino básico, e de Geologia, do ensino secundário, entre 1993 e 1999, e orientadora de estágios pedagógicos desde 1999 e de teses de mestrado, entre outras actividades.




Jacinta Moreira: ?Naturalmente fico perturbada!?
Andreia Lobo| 2009-02-11



Aborrece-a a cultura do facilitismo. Porque valoriza o trabalho e a disciplina. Fica perturbada quando ouve uma celebridade dizer que teve sucesso sem ter lido um único livro. Porque vê, por vezes, os alunos seduzidos por este tipo de discurso. Conversa com Jacinta Moreira, de 46 anos, galardoada com o Prémio Nacional de Professores 2008.

Preocupa-se com o facto de os alunos se tratarem "mal", até mesmo com insultos, nos corredores. Na sala de aula tenta manter um clima de serenidade e confiança. Mas vê na escola inclusiva o maior e menos compreendido desafio de ensinar "públicos muitíssimos distintos". Mas nem isso lhe retira a motivação para leccionar. "Gosto do acto de fazer aprender", justifica. Jacinta Moreira é professora de Biologia e de Geologia, na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto. Mas a professora recusa ver no prémio uma tentativa de relançar a imagem da escola. Abalada depois do mediático episódio de indisciplina relacionado com um telemóvel. Jacinta Moreira diz ter consciência do trabalho que tem vindo a desenvolver. E é por esse trabalho que, sem reservas, confessa que o valor do prémio (25 mil euros) será gasto na realização de sonhos profissionais.

EDUCARE.PT: Acredita que a discussão sobre a educação está banalizada?
Jacinta Moreira: Em Portugal, sobre qualquer assunto, a comunicação social pergunta a opinião do público em geral, não tenho nada contra e parece-me bem. Mas o que já não me parece bem é que se dê a mesma importância à opinião de alguém que nunca reflectiu dois minutos sobre aquela matéria e à de pessoas que passaram a sua vida a trabalhar naquelas áreas. Era como se me perguntassem se o Cristiano Ronaldo devia ter ganho a bota de ouro ou deveria ter sido outro jogador qualquer. No máximo posso dizer que já o vi a jogar e acho que joga bem. Agora, que a minha opinião tenha um valor próximo da de alguém que analisa estas questões, não!

No caso da educação, como todos passamos pela escola qualquer pessoa julga que conhece a situação e que portanto deve opinar. Mas isto não é linear. Sobretudo se tivermos em conta que a sociedade hoje remete à escola um conjunto de desafios que nada têm a ver com os que remetia à vinte anos atrás.

E: A escola inclusiva é um desses desafios?
JM: A escola inclusiva é o maior desafio da profissão. As pessoas esquecem-se que, hoje, na escola, os cursos de prosseguimento de estudos são apenas uma das vertentes, depois temos os cursos de formação de adultos (EFA), os cursos de educação e formação (CEF), os cursos profissionais, em que os alunos são pagos para estar na escola... Ou seja: temos uma panóplia de cursos que servem públicos muitíssimos distintos, e o mais raro disto é que estão na escola por falta de alternativa ou porque o ensino é obrigatório e ainda não têm 15 anos.

Já me confrontei com a situação de ter na mesma sala de aula, num 7.º ano, crianças de 12 anos que me perguntaram se podiam escrever a palavra sumário a verde, com jovens que têm 16 anos e já estão sinalizados pela Comissão de Protecção de Menores, com processos a decorrer no Tribunal do Porto, e umas meninas muito seduzidas por gente como a Victoria Beckham e que, se o professor não tiver mão nelas, o que querem é pintar os olhos e as unhas durante as aulas. E confronto-me ainda com uma outra situação: uma menina de 14 anos que tem uma filha de oito meses e está a cuidar dela sozinha. Tudo numa sala de aula do Ensino Básico. Gerir isto não é fácil!

E: Esta realidade escapa à opinião pública?
JM: A maioria da população não faz ideia do que é o dia-a-dia nas escolas. Estou convencida que sim. A cultura do facilitismo tem-nos prejudicado em todas as áreas. Na escola, falta um enquadramento legal para o professor actuar. Actualmente, os professores estão constantemente a ser questionados pelos pais, que se demitem das suas responsabilidades, e se revoltam contra os docentes... Mas normalmente quando há situações graves a culpa nunca está só de um lado.

E: O que mais a aborrece na sua actividade de professora?
JM: Na escola a coisa que mais me aborrece fazer é vigilância nos exames nacionais porque me dá a ideia de que não estou a fazer um trabalho muito útil. Ou seja, podia estar a fazer outras coisas. É claro que não posso passar à margem deste trabalho, mas é sem dúvida o que menos gosto de fazer.

Nos alunos aborrece-me muito esta cultura do facilitismo, mas isto aplica-se a toda a gente. Quando ouço pessoas como a Victoria Beckham, que deviam ter alguma responsabilidade porque têm um grande impacto nos media, dizer que alcançou todo o sucesso que quis na vida sem precisar de ler um livro... Naturalmente fico perturbada!

E: Porque valoriza o trabalho...
JM: Sim, valorizo o trabalho, o empenho, o esforço e o sacrifício, por outro lado, também valorizo a disciplina, que é outra coisa que as pessoas hoje em dia acham mal. Por isso, preocupa-me muito que as pessoas se tratem bem, algo que não acontece hoje em dia. E não me refiro apenas à relação aluno-professor, os alunos tratam-se mal uns aos outros. Quem os ouvir a falar nos corredores apercebe-se de que eles se insultam do piorio...

E: Por falar em livros, o que anda a ler?
JM: Ando a ler o Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón. O meu problema é que eu gosto de muitas coisas, romances históricos, livros policiais, bandas desenhadas góticas, para mim não há nada que não deva ser lido, desde que se tenha a devida maturidade. Tive um período da minha vida em que quase não li nada que não fossem livros da área técnica, ligados à minha tese sobre formação inicial de professores, avaliação e desenvolvimento curricular. Foi quando me propus a fazer em três anos um doutoramento que tem um plano de estudos de quatro, e a trabalhar. Só tive um ano de licença sabática para escrever a tese.

E: Porque fez isso?
JM: Tive a ideia peregrina de pensar assim: se vou investigar sobre formação inicial, e sou orientadora de estágio, devo estar no terreno, portanto há que vir para a escola! E não pedi equiparação a bolseira. Até porque no terreno tive acesso a um conjunto de informação que não teria se não estivesse, porque fazia parte do Conselho Coordenador dos Estágios Pedagógicos, tive acesso a muitos formandos... Agora assim à distância vejo que consegui algumas coisas que não são muito vulgares, por exemplo, passei quatro questionários a uma parte dos meus sujeitos de investigação e tive um feedback em alguns casos de 90% dos questionários. Isto só foi possível porque eu estava sempre com os estagiários e a telefonar às orientadoras.

E: Acredita que se queremos as coisas bem feitas temos de as fazer?
JM: Acredito. A não ser que já tenhamos conseguido desenvolver uma equipa de trabalho que não pode ser muito grande, pelo menos é o que me diz a minha experiência, e em quem confiamos porque sabemos que têm um trabalho sério. Tenho algumas preocupações que são da minha natureza e se resumem numa ideia: o que se tiver de fazer faz-se bem, o melhor que se poder e souber, ou então não vale a pena. Dá tanto trabalho fazer mal, como fazer bem, portanto...

E: Pode-se dizer que prima pela excelência?
JM: Esforço-me por fazer o melhor.

E: Foi por essa qualidade que julga ter sido distinguida?
JM: Acho que foi. Mas para mim não constitui nada de especial, é da minha natureza. Mesmo com a minha filha era muito mais fácil deixá-la fazer uma série de coisas, até porque ela não faz muitos disparates, mas ela tem de aprender que a vida vai exigir muito dela.

E: Alguma vez pensou que o prémio lhe foi atribuído para apagar a má imagem em torno da escola?
JM: Acho que não. Todo o processo e os elementos do júri envolvidos são pessoas que deram provas durante toda a sua vida e têm um trabalho sério. O presidente do júri é o professor Roberto Carneiro. E, depois, tenho a consciência de que o trabalho que tenho vindo a desenvolver ao longo os anos, se calhar, não é, infelizmente, igual ao da maior parte das pessoas. Terem-me reconhecido ou não, isso é outra história, e que haja mais pessoas a merecer, acredito que sim! O prémio só me diz isto: é um caminho possível.

E: Fala-se muito na desmotivação dos professores, onde vai buscar a motivação para ensinar?
JM: A algum sítio tem de se ir buscar a energia... Uma vez a minha filha trouxe um questionário onde perguntava se eu não fosse professora o que gostaria de ser? Eu gosto muito de Geologia, mas, mais do que isso, eu gosto do acto de fazer aprender, até mais do que das próprias disciplinas. Gosto muito de comunicar e de interagir com os outros e se for em matérias que eu aprecio, melhor. Poder responder aos alunos e conquistar o seu interesse, despertar-lhes a atenção, é para mim motivador. Gosto de abrir os horizontes...

E: Projectos para o futuro...
JM: Gostava de produzir um livro com um suporte teórico para suportar as minhas propostas e onde apresentasse exemplos de como fazer portefólios e avançar mesmo com uma matriz.

Outra coisa que eu gostava de fazer era criar uma rede digital de professores em diferentes fases das suas carreiras... Uma espécie de uma bolsa de profissionais a quem soubéssemos que poderíamos recorrer para determinado projecto, que possibilitasse uma partilha de conhecimentos.

E: Já pensou no que fazer com o dinheiro do prémio?
JM: Seguramente vai-me permitir concretizar desejos que têm a ver com a minha vida profissional. Há imenso tempo que eu gostava de visitar algumas bibliotecas e museus e exposições no estrangeiro, os doutoramentos são muito caros, os livros também... Este exercício abre horizontes e permite-nos equacionar outras possibilidades
COMENTÁRIOS
Catarina, 25
concordo plenamente e também fico perturbada com esse tipo de comentários inconscientes. Mas mais perturbada fiquei quando, no secundário, uma professora de Português disse à turma que nunca tinha lido Os Maias, obra que estava a leccionar, que tinha apenas lido os resumos e que chegava visto ser uma obra enfadonha e demasiado comprida... Isto é muito mais desmoralizante e, a mim, criança de 16 anos na altura, desmotivou me. felizmente tive optimos professores nos restantes anos. e sempre adorei portugues. e os maias...
catarina simões, Ílhavo
12.02.2009
facilitismo
Primeiro: a população escolar mudou (que novidade!) Segundo: os alunos que pemaneciam no primeiro ciclo, onde os professores, como eu, foram e são uns homens-elástico, começaram a frequentar os 2º e 3º ciclos (que chatice). A «sua» elite docente tem à frente um novo desafio. Já cheguei a ter 4 níveis na sala, durante os meus 18 anos de serviço, e em vez de me lamentar procurei dar a volta à situação. Terceiro: o facilitismo deriva de nunca se ter apostado numa intervenção precoce, e em verdadeiras respostas educativas no jardim-de-Infância e no 1º Ciclo. Quarto: o facilitismo não é, em abono da verdade, deixar progredir os alunos. Cada aluno deveria ter o seu projecto individual, pois possuem pontos de partida muito diferentes. Facilitismo é, sobretudo, permitir que a escola não se (re)organize em função dos novos alunos. Quinto: a nossa escola é obsoleta perante a nova realidade e, permita-me, alguns professores têm e perpetuam práticas desaquadas por serem (também) comodistas.
Miguel Gameiro Silva,
12.02.2009

Editorial - O padre da aldeia e avaliar por objectivos
Helena Garrido
Directora adjunta

Quando chegou ao Céu, Deus indicou-lhe o Purgatório, o quarto dos fundos, escuro, frio, húmido e sem vista. Logo a seguir morreu o Silva, taxista. Deus recebeu-o em festa. E deu-lhe o melhor quarto do Céu, virado para o azul onde os anjos cantam. O padre ficou perplexo. Oh Deus, mas eu que tive uma vida de virtude... . Pois, disse Deus, é que nós passámos a aplicar no Céu a avaliação por objectivos. Quando o sr. padre dava missa, todos os fiéis adormeciam. Já o Silva, quando levava alguém no carro, todos se benziam, rezavam e chamavam por mim . E, com base nesta avaliação, o padre quase perdeu o Céu e o Silva, mau condutor, foi premiado.
A história anedótica revela o limite do absurdo a que pode chegar a avaliação de desempenho por objectivos. Tão bem percebida numa narrativa que ninguém sabe quem inventou.
Na edição de hoje do Negócios ficámos a saber que as chefias do fisco vão ser colocadas perante a escolha de dar mais um excelente a um funcionário, ficando elas sem a possibilidade de terem essa nota, ou reduzirem a nota do - funcionário para que elas poderem ficar com essa nota.
Os chefes, na administração fiscal, estão em directa competição com os chefiados para obterem a melhor nota de avaliação de desempenho. Se forem racionais na linha do homo economicus clássico, obviamente que um excelente , da quota, vai ser guardado para si. E aquele que tentar ser generoso será prejudicado.
O objectivo a traçar para os funcionários do fisco é outro dos pontos controversos. A capacidade dos serviços cobrarem impostos será um dos factores a ponderar na avaliação individual. Reconhece-se que não é fácil excluir a cobrança dos objectivos dos funcionários do fisco. Mas o que o Governo quer fazer comporta o sério risco de colocar o padre no Purgatório e o mau condutor no Céu, como na anedota.
Os modelos de avaliação do desempenho por objectivos tiveram os seus resultados mais desastrosos na banca. Objectivos quantitativos de mais crédito concedido, mais - clientes, mais cartões de crédito, mais empréstimos para compra de casa, mais subscritores de fundos de investimento, mais e mais e mais... têm na base o funcionário da agência e chegam ao topo com mais lucros, mais valorização das acções...
Como toda a subida tem um limite, a partir de determinada altura começou a inventar-se. A conduzir mal o carro para chegar ao Céu. E lançaram-nos a todos para o Inferno. Alguns, como se tem visto no Reino Unido, insistem em considerar que estavam a ser avaliados com os melhores critérios e, apesar dos seus bancos terem sido salvos pelo dinheiro dos contribuintes, querem continuar a receber os prémios.
O modelo de avaliação por objectivos, inspirado na parábola do burro e da cenoura, é ainda o melhor que temos para aumentar a produção em empresas grandes e impessoais, onde ninguém se sente necessário.
Definir um número que é preciso atingir é um método simples, entendido por todos. Não garante, como se tem visto, a vida da empresa e pode até conduzir à sua morte.
A avaliação por objectivos tem de ser repensada. Como elementos qualitativos e, de preferência, criando empresas menos impessoais.